segunda-feira, 12 de maio de 2014

Calmaria


Hoje eu andei no meio da rua e estava chovendo.
Então eu olhei para o céu e pude ver na rua vazia os pingos de chuva caindo do nada.
Estava tudo nublado.

Não havia sol, apenas pingos de água caindo.
Gostas do infinito.
Eu jamais conseguirei explicar.
Elas tocaram o meu rosto e eu simplesmente me senti feliz.
E eu compreendi que o mundo é infinitamente colorido para que eu fique aqui pintando meus dias em preto e branco.
Que ele dá voltas de 180° graus e que tudo que parece difuso agora algum dia será claro.
Eu falei sobre os meus medos para céu (o amigo mais compreensivo, o melhor de todos eles) e ri das minhas inseguranças.
Eu olhei meu olhos ante o espelho e fui compreensivo comigo mesmo.
Parei de me punir tão severamente por erros que eu já não posso consertar.
Ou por coisas que eu jamais poderia mudar em minha personalidade, como confiar nas pessoas.
Eu fechei os olhos.
Recordei várias vezes da tristeza que eu senti, há tanto tempo atrás.
E me lembrei de algo que ouvi em algum lugar.
E então como está na canção do Roberto, o tempo, que transforma todo amor em quase nada, mas 'quase', também é só um detalhe.

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