segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Alegria compartilhada - Crítica


Alegria compartilhada é alegria redobrada. Tendo este pensamento em mente a banda carioca Forfun lança seu 3º album oficial, com divulgação feita no Twitter e no site da banda, o cd foi lançado oficialmente no dia 27/4/2011 às 21:00 hrs e disponibilizado para download no próprio site e às 23:00 já totalizava mais de 270 mil downloads.

Alegria compartilhada segue a linha do trabalho anterior da banda intitulado de Polisenso. A Forfun deixou de lado o pop punk do início para dar vida a um novo som mais maduro, mais crítico com influências claras de reggae, dub e rock progressivo.

Este novo álbum conta com produção de Ganjaman, e participações especiais de Black alien (ex-planet hemp), Guto Bocão (mestre da bateria da Vai-Vai) e muitos outros nomes que dão o toque especial e fazem de Alegria compartilhada um álbum único, do qual ao ouvir pela 1ª vez já nos identificamos e parece já conhecer a um bom tempo.

As musicas do alegria compartilhada, difetente das de Polisenso, não visam tanto a crítica social, mas sim a busca pelo encontro com o eu interior e da espiritualidade, neste novo álbum temas pouco abortado antes pela banda como o amor também tem espaço em musicas como "minha jóia", uma velha conhecida do público, "morada", ganhou uma nova versão, e os mais atentos notaram que até mesmo a letra sofreu uma sutil mudança.

Ao meu ver Alegria compartilhada, é o melhor trabalho já feito pela Forfun. Vale a pena ser ouvido pela paz que as músicas nos transmite, e o instrumental esta super afinado e eles estão escrevendo muito!

Download do álbum Alegria Compartilhada é só clicar aqui!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rapidinhas - O início


Hoje começarei uma série chamada Rapidinhas, que consitirá em eu escrever (oooohhhh... novidade) mini textos sobre qualquer merda coisa, posso falar sobre sexo, amor, humor, se bem que tudo isso tem relação umas com as outras.
"Ah David, por que você vai fazer isso?" Por pura PREGUIÇA. É sério, ultimamente ando meio preguiçoso pra escrever e pensar (isso mesmo, PENSAR), antes conseguia escrever muito, muito mesmo, achava bem mais fácil. Escrevia sobre coisas que já nem tenho mais a mínima vontade de escrever, por exemplo politica que é um assunto muito chato e religião que é um assunto que penso em parar de falar/escrever, porque quando falo desse ultimo assunto pessoas criam uma certa raiva (lê-se ódio) por mim.
Enfim, começarei à mão para depois passar para o blog, porque se eu começo a escrever no pc eu paro de escrever no meio do texto e vou fazer outras coisas mais importantes, por exemplo jogar e daí perco o raciocínio do texto e apago ele todo.
Já perdi as contas de quantos textos ótimos já deixei de terminar por distrações. Isso é muito chato!
Como esse é só um aviso pra vocês então não quero me estender muito.
Enfim (again), os mini textos terão entre 5 e 15 linhas.
Espero que dê certo! (tomara que dê)
Tchau e até outra hora. Vou ali voltar a escrever.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O Principe e a Raposa


E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia,  respondeu polidamente o principezinho,  que se voltou,  mas não viu
nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas
também. É a única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
- Criar laços?
Exatamente,   disse   a   raposa.   Tu   não   és   ainda   para   mim  senão   um  garoto
inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não
tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil
outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho.
Existe uma flor. . . eu creio que ela me cativou ...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom ! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa. Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as
galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço
um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um
barulho  de  passos   que   será   diferente  dos   outros.  Os   outros  passos  me   fazem  entrar
debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá
longe, os campos de trigo?
Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram
coisa alguma.  E  isso é  triste Mas  tu  tens cabelos cor de ouro.  Então será maravilhoso
quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o
barulho do vento no trigo ...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me disse ela.
-  Bem  quisera,   disse  o  principezinho,  mas   eu  não  tenho muito  tempo.  Tenho
amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não
têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como
não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos, Se tu queres um amigo,
cativa-me!
Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe
de mim,  assim,  na  relva.  Eu  te olharei  com o canto do olho e  tu não dirás nada.  A
linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto ...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo,
às   quatro   da   tarde,   desde   as   três   eu   começarei   a   ser   feliz.  Quanto  mais   a  hora   for
chegando,  mais eu me sentirei  feliz.  Às quatro horas,  então,  estarei  inquieta e agitada:
descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a
hora de preparar o coração ... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa, É o que faz com que um
dia seja diferente dos outros dias; uma hora,  das outras horas.  Os meus caçadores,  por
exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-
feira então é o dia maravilhoso!
Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam
todos iguais, e eu não teria férias ! Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a
raposa disse:
- Ah ! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste
que eu te cativasse ...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar ! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada !
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás
para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
-  Vós   não   sois   absolutamente   iguais   à  minha   rosa,   vós   não   sois   nada   ainda.
Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era
uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo.
Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa,
sem dúvida  um  transeunte  qualquer  pensaria  que   se parece  convosco.  Ela   sozinha  é,
porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a
redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto
duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou
mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o
coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se
lembrar.
-  Os   homens   esqueceram  essa   verdade,   disse   a   raposa.  Mas   tu   não   a   deves
esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável
pela rosa...
-  Eu  sou  responsável   pela  minha   rosa...   repetiu  o  principezinho,   a   fim  de   se
lembrar.
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P.S.: Texto retirado do livro O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupery.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Conheci uma garota...


Conheci uma garota, ao menos eu acho, não seu se posso dizer isso.
No fundo nunca conhecemos ninguém, nem a nós mesmos, mas dessa vez foi diferente. Às vezes moldamos uma pessoa de acordo com o que vemos e em muitos casos, de acordo com as aparências, pelas suas reflexões, frustrações, desejos, paixões e a partir dali, passei a admirar, talvez por algum tipo de identificação, ou não, ainda não sei.
Meu ego, às vezes, me deprime, pois mesmo diante do que já surpreendia, eu de alguma forma moldava em minha mente de acordo com suas palavras. Para cada palavra doce eu imaginava uma garota sutil, sensível, sonhadora e apaixonada pela vida... 
Para cada palavra atrevida, via nascer em minha mente uma garota de personalidade forte, que sabe o que quer, dona de suas vontades e ideias.
Quando ela falou e além das suas palavras, sua voz me encantou, dando vida aos sentimentos e à admiração...
E foi então que ela se mostrou, sua face me convidou: traços marcantes, olhar felino e sinuoso... E foi então que vi que eu sempre estive certo, ela era tudo que imaginei, tudo o que meus pensamento a moldavam, uma mistura de doçuras e travessuras que a tornam uma pessoa apaixonante.
Enfim, não sei como seria a mulher ideal, talvez por ela ser dona de um personalidade sem igual, a torne assim, ou quem sabe, por ela ser linda, dona de belos traços a torne o que todos esperam dela...
Nesse caso, ambos os caminhos se somam, personalidade e beleza em uma só pessoa.


Conheci uma garota, conheci a garota!

domingo, 7 de agosto de 2011

Só de sacanagem

Meu coração está aos pulos!
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
" - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba."
E eu vou dizer:
"- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal".
E eu direi:
" - Não admito! Minha esperança é imortal!"
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sobre a Fé



Esse é mais um daqueles posts nos quais a autor encontra-se totalmente absorto em seus pensamentos sobre a vida, o universo e tudo mais, preferindo abster-se de conversas prolongadas que certamente não levarão a lugar algum, pois a mesmo está cansado demais do comportamento humano para tentar expor sua opinião em forma de oratória e/ou convencer alguém de algo. Dessa forma, é preferível fazer uso do meio de comunicação, leia-se desabafo público, mais acessível no momento e expor, de forma escrita, a quem possa interessar, tudo o que ele sabe ou acha que sabe sobre um assunto irrisoriamente simples: A Fé - aquela que, segundo Roberto Carlos, nos faz otimista demais.
 Quando falo que algo é simples, me refiro sempre as suas explicações. Logo, sendo a fé uma palavra da língua portuguesa, nada mais sensato que ressaltarmos o seu significado e etimologia:
[Fé] substantivo fem. singular
1. Crença, religiosa ou não.
2. Confiança.
3. Afirmação, comprovação.
Quando falamos em fé, imediatamente nos vem a ideia de religião, no entanto, onde mais aparece esta palavra é no código civil, no código penal, e, por conseguinte, em documentos de cartório com a famosa frase: “Assino e dou fé”, significando o reconhecimento e a afirmação daquilo que foi assinado. Acreditar ou crer em algo significa considerar algo como verdadeiro. Sendo assim, para que eu tenha fé em Deus é preciso que eu considere verdadeira a sua existência, caso contrário, não existirá fé. Mas isso não implica que eu não possa ter fé em outras coisas, certo?
Discutia-se, no escritório, a questão da cura para todas as mazelas da vida com a utilização da Fé. Como qualquer pessoa paciente e de bom senso, no início, não discordei totalmente, deixei que todos discursassem acerca de suas ideias, pois tenho ciência da existência da fé, só não acredito nas coisas às quais eles depositavam baldes de fé: Deus, reza, curandeiros e derivados. Foram-me dados exemplos de pessoas que só sobreviveram a doenças incuráveis porque tinham fé. Eu não acho que eles estejam totalmente errados, pois sei que pessoas otimistas são mais fáceis de resistir a uma doença ou acreditar que aquele problema possa ter solução, elas não se entregam, elas acreditam, tem fé. Só que essa fé não necessariamente precisa estar ligada à algo sobrenatural e divino; ter fé na vida, em si, ter fé no corpo médico e no processo ou tratamento que será utilizado é uma forma muito mais inteligente de se ajudar; é um trabalho psicológico de otimismo e confiança, e nós sabemos que uma pessoa psicologicamente sã torna-se, consequentemente, mais disposta a manter sua saúde corporal.
A diferença entre ter Fé em algo real (ciência) e ter Fé em algo "inventado" (Deus) é que no primeiro caso a fé é limitada, enquanto no segundo a fé é cega. Ou seja, acreditamos na ciência mas não a colocamos em um pedestal, não a idolatramos, aliás, a idolatramos sim, mas  sabemos que ela está em constante evolução, podendo ser contestada a qualquer momento, e aceitamos a mudança. O que não acontece com a fé religiosa que baseia-se em princípios definidos pela igreja – os eternos dogmas.
Então, não me digam que eu não tenho fé. Tenho fé sim, em muita coisa, mas sei que todas as coisas são passíveis de erros e mudanças, assim, a minha confiança nelas pode ser modificada a qualquer momento. Isso é fé, todo o resto é invenção humana.
P.s: As únicas montanhas que a fé move são as montanhas de dinheiro. Né, Universal?