quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para Religiosos Homofóbicos: Homossexualismo na Natureza


Para aqueles que defendem que Deus criou o homem pra mulher e a mulher pro homem apenas porque está escrito em um livrinho mágico cheio de contradições, crimes, mentiras, preconceito, genocídios, infanticídios, etc. E que o ato de carinho ou sexual de espécies de mesmo sexo é visto como imoral ou fugir da “vontade de Deus”. Mas isso é apenas uma máscara para preconceitos (esses sim criado pelas mentes humanas) que segregam pessoas apenas por conveniência ou por despertarem ideias que vão contra algo que um enrustido que não saiu do armário achou feio e ilógico.
As provas não são poucas para tornar a homossexualidade como um fato natural. E por diversas utilidades e funções ela está presente, isto é, nem apenas pra saciar o desejo carnal a homossexualidade natural é usada. A princípio parece ilógico que se a homossexualismo for genético, os genes deveriam desaparecer, já que não existe vontade de copular com o sexo oposto e produzir uma prole. É importante frisar que segundo a naturalidade do comportamento homossexual não é uma escolha, mas o resultado de um conjunto de fatores fisiológicos, endócrinas, naturais, etc. E isso não se limita apenas a práticas sexuais, mas como interação social entre os indivíduos.
Posso apontar casos naturais de alguns animais, como:
  • gaivota: Segundo o biólogo americano Bruce Bagemihl, de 10% a 15% das gaivotas apresentam comportamento homossexual. As fêmeas costumam formarcasais” quando há falta de machos no seu habitat. Uma delas assume a função de “chefe da casa“, cuidando do ninho, da alimentação e inclusive montando sobre a outra.
  • besouro: Quando se defrontam com um macho maior, besouros de uma espécie da Costa Rica se viram de costas, oferecendo a ponta do abdome como se fossem uma fêmea. Se durante esse cortejo (bastante ativo!), aparecer uma fêmea no pedaço, o macho imitador aproveita a oportunidade para copulá-la bem em frente do rival, que já está “ocupado”.
  • gansos: Os cientistas já observaram “casais” de gansos formados por indivíduos machos que se unem por toda a vida depois de participarem de uma espécie de ritual em que emitem juntos o chamado “grito do triunfo”.
  • bisões: Alguns estudos mostram que, entre os machos com 3 anos ou menos, mais da metade das relações sexuais dos bisões é praticada com animais do mesmo sexo. Esse rala-e-rola não está associado a um comportamento de dominância e costuma durar mais do que nas relações hétero.
  • bonobos: Esses macacos parecidos com chimpanzés são alguns dos parentes mais próximos da raça humana e têm fama de possuir admirável energia sexual. Os bonobos se organizam em bandos comandados por fêmeas e é comum flagrá-las trepadas nas árvores em carícias pra lá de apimentadas “.
  • macacos japoneses: Praticam relações homossexuais como uma forma de apaziguar conflitos dentro do grupo, acalmar os ânimos e como pedido de desculpas. Além disso, as fêmeas se exibem com outras para exitarem os machos (gostei dessa).
  • drosófilas (tipo de mosca): Usam isso como uma espécie de treinamento para os jovens inexperientes em cortejar uma parceira.
  • golfinhos-nariz-de-garrafa: Objetivo das relações homossexuais está em criar fortes laços sociais prevenindo conflitos.
  • peixe-mexerica: Nesse caso, a homossexualidade se dar por engano, já que parece que nem mesmos os indivíduos conseguem distinguir quem é macho ou quem é fêmea.
Desse modo, é evidente a importância de certos comportamentos homossexuais para ajuda na evolução da espécie. Evidenciando um grande papel social do que estritamente sexual. Mas com os humanos isso pode ser considerado parecido, mas mesmo assim taxamos radicalmente indivíduos homossexuais dos não-homossexuais, criando rótulos, segregando e estereotipando indivíduos. Logo, é criado algo em nossa cabeça chamado Preconceito.
E a crença em divindades ajuda e muito a difusão dessa ideia preconceituosa. Eles que nem ao menos observam a natureza para encontrar traços comportamentais semelhantes entre nós e outros seres vivos. Se apegam nas “moralidades” proveniente de um Deus imoral. Alguns benefícios sociais podem ter vindo da religiosidade, como forma de coerção social e mental (tipo super-ego)  mas criou outros malefícios, segregação, intolerância, ideologias imorais e anti-éticas. Então o ser humano começa a cair num abismo de ignorância e hipocrisia, já que somos animais, temos que seguir instintos para sobreviver, para interagir, e, geralmente, indo contra princípios ideológicos, resultando em um mundo doente com pessoas infelizes e frustradas.
E não se precisa ir longe para verificar essa idiotice humana. Se alguém tem vontade de dar o “foveris” o que você tem a ver com isso? Por que isso incomoda? O ato homossexual é praticado por indivíduos e não afeta ninguém que não está no meio disso, então para que perseguir e condenar? Resposta: ignorância e desonestidade. Todas vinda de um livrinho feito por judeus ladrões e estupradores do deserto. O que de bom podemos assimilar de povos bárbaros da Idade do Bronze?
Comportamentos como esse aqui, que apenas tem como objetivo colocar pessoas contra pessoas, é que devem ser combatidos e condenados. Não dito a alguém o que fazer, assim como não quero que ninguém mande em mim. A liberdade individual serve pra isso, é direito de todos, e ninguém tem mais direito que o outro  por ter um comportamento natural presente em várias espécies na natureza.
Um singelo vídeo abaixo mostra Marcelo Crivella em entrevista com Jô Soares define bem sobre a mente fechada, preconceituosa e idiota de um homem religioso. Apesar que num nível lógico ele não ter base alguma para o seu preconceito, ainda o sim o faz. Refletindo como as pessoas de fé (ou má-fé) fazem questões de aparentar ser. A única escolha que eu percebo nas pessoas é a de serem ignorantes ou não.



E para confrontar a opinião baseada em preconceito de um livrinho tosco feito por bárbaros do deserto é muito fácil. E um ignorante continua ignorante se não busca o conhecimento sobre as coisas, mesmo tendo dinheiro, poder e popularidade. E para confrontar que esse Deus cria e permite homossexualismo na natureza e proíbe e rotula como imoral, chego em duas conclusões:
  1. Foram escritas por homens preconceituoso, enrustidos e homofóbicos;
  2. Deus se contradiz.
Como não existe provas desse Deus, a primeira opção é mais válida. Agora fiquem com os nossos comerciais.


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Professor: Profissão descaso



É público, notório e insatisfatório que a educação, ou a falta dela, representa um dos piores males do Brasil. Ocupamos o 88° lugar no ranking mundial de educação elaborado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Em 2007, ocupávamos a 76ª posição, perdendo 12 posições até o ano de 2010 e ficando atrás de países como Colômbia, Bolívia e Paraguai.
Ora, o que esperar de um país que não valoriza, não investe e não cuida da boa formação dos responsáveis diretos pela disseminação da educação: os professores? A quantidade de educadores que são formados e jogados nas escolas sem o mínimo de preparo é tão grande quanto o absurdo de alunos que chegam ao ensino médio sem saber escrever uma redação ou interpretar um texto simples. Professores não tem capacitação adequada, não há uma diretriz clara entre o que está sendo formado e aquilo que realmente deve ser ensinado na sala de aula. Educar vai muito mais além que jogar o conteúdo para o aluno. Saber educar é saber preparar, é formar parceria para troca de conhecimento, ética, respeito e valorização do saber. Quando não se tem um profissional capacitado para tal tarefa o resultado não pode ser diferente. Professores despreparados = Alunos inaptos = Educação fudida.
A falta de interesse do aluno é um dos fatores que influenciam diretamente na desvalorização do professor. A maioria dos jovens de hoje não se preocupam com sua formação, portanto, o conhecimento que o professor possui não os interessam mais e tem pouco valor no mundinho deles, onde ser, precocemente, pai/mãe de família é a forma mais fácil de se chegar à fase adulta e conseguir um emprego com salário mínimo já é suficiente para seu sustento. Qual a importância que a escola/professor/universidade/educação tem na vida dessas pessoas? Para nossos jovens, não passa de obrigação. Ir à escola, adquirir conhecimento é uma quase um “Oh, não, tenho que aturar isso”.
Eu, não vou mentir, já senti uma enorme vontade de ensinar, mas quando paro para pensar em todo tipo de mazela, descaso e desvalorização pelas quais a classe de profissionais da educação passa, desisto na mesma hora. É vergonhosa a atual situação dos nossos professores. Triste, digna de pena. E não é exagero, é fato. Hoje em dia, ser professor exige muito mais que conhecimento e boa vontade de repassar conteúdo e boas ideias. Ser professor é ter coragem para ser motivo de chacota. Ser professor é estar preparado para ser chamado de “vagabundo” quando resolver fazer greve por algum  tipo de melhoria nas condições de trabalho e no salário vergonhoso que recebem. Ser professor é ter que aturar um bando de aluno desinteressado, um sistema que te explora e uma sociedade que ignora a sua importância.
15 de outubro, dia do professor, aquele profissional que, antigamente, era visto como ícone, mestre, responsável pela formação do futuro do país, um profissional que possuía toda uma valorização e alto status social e hoje não passa de fantoche nas mãos dos atuais governos. “Quem gosta de estudar não é admirado no Brasil” , avalie quem ensina. Comemorar o que, então? Os coitados não devem ganhar mais nem maçã de seus alunos, quiçá reconhecimento.
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PS:Texto originalmente postado por Juliana no blog ReEvolução.net

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Qual a origem da sua crença?



Certo dia, discutindo religião com alguns amigos, fui questionada sobre a origem do meu ateísmo, e eu, sinceramente, não soube responder de imediato. Então, na tentativa de escapar daquela falta de resposta, o indaguei sobre a origem da crença dele, desde quando ele começou a acreditar em Deus? E aí, meus caros, o jogo virou. E adivinhem? Surprise! Surprise! Ele também não soube responder. Certo que ele jogou meia dúzias de frases feitas e religiosas, mas o que eu posso fazer com meia dúzias de palavras fáceis?! Aquilo não convenceria nem crianças em aula de religião.
O que fica disso? A certeza de que crenças e religiões são invenções que nos são imputadas desde o nascimento, e que se modificam, ao passar dos anos, de acordo com nossa (in)capacidade de raciocínio. Ninguém nasce acreditando em Deus, mas existe toda uma educação que contribue para isso. É simples. Você nasce ateu. A sociedade lhe força uma religião. Daí, ou você resiste, se salva e vive; ou cai na armadilha da linda palavra divina e vive se privando, com medo do pecado, vive para morrer e ir ao paraíso.
Imaginem a cena: A criança nasce, é batizada sem nem ao menos saber o que diabos significa todo aquele ritual, aí quando começa a querer compreender o mundo e as coisas, ela questiona:
- Mas mamãe, pra quem eu rezo todas as noites? Papai do céu existe?
- Menina, deixa de pergunta idiota. Ajoelha aí e tenha fé.
Que outra opção deram a essa criança a não ser conformar-se? Manter-se feliz por acreditar em algo que ela nunca teve a oportunidade de saber quem é.
Em “Deus, um Delírio”, Dawkins revolta-se contra as classificações que são dadas às crianças, ele demonstra ser contra a doutrinação de crianças  em qualquer religião. Para Dawkins, é um abuso dizermos que uma criança é católica, judia ou mulçumana, por exemplo. Para ele isso é algo tão absurdo como falar de “criança neoliberal”. Onde está o livre-arbítrio agora? Por que somos tão egoístas a ponto de não deixarmos as pessoas livres das nossas crenças e desejos? Que tal deixar a criança crescer, entender e, sozinha, escolher no que acreditar?
Foi assim, dessa forma absurda e presa, que cresceram milhares iguais a nós. Crentes e devotos de algo nunca explicado, nunca visto, nunca comprovado. Algumas dessas pessoas tem a sorte de serem curiosas, procurar,  elas mesmas, as respostas para todos os questionamentos não respondidos. A partir daí eu refuto a forma chula que muitas pessoas classificam os ateus: “ateísmo é derivado de traumas psicológicos”; “ateus são pessoas que nunca tiveram uma base familiar forte”; “ateus são pessoas doentes”.
Sim, claro. Como não?! O ateismo é derivado de um trauma quase que irrecuperável: O trauma de querer entender o que lhes foi negado. É a fome por aprendizado derivada do trauma de querer pensar por si mesmo e optar por escolher entre acreditar em Deus ou não, sem a pressão da família, da escola e da sociedade geral. São pessoas que, dessa forma, adquiriram resistência à irracionalidade, e possuem um desconfiômetro que é difícil de ser reprimido, o tal do Ceticismo.
Todos os ateus que conheço já tiveram uma religião ou foram forçados a tal, pra eles deve ser mais fácil achar a origem das suas descrenças. Eles devem saber quando e por quais motivos deixaram de frequentar a igreja e de ajoelhar-se e esperar uma resposta do “cara lá de cima” que nunca chegaria.
Quando fui questionada sobre meu ateísmo, não tive esses períodos de tempos para basear minha descrença, o que deve ter dificultado a minha resposta. Como alguns devem saber, nunca fui batizada, e as poucas vezes que frequentei rituais religiosos foram por motivos escolares ou de morte. Posso dizer que sou uma ateia natural de fábrica? Talvez. Não fosse a pífia tentativa de querer, algum dia, acreditar em algo maior que desse sentido à minha vida.
Lembro-me do dia no qual, finalmente, minha mãe olhou pra mim e descobriu que eu era ateia. Ela descobriu porque perguntou, não sou de sair me auto-denominando para as pessoas. Enfim, a cara de decepção era visível a olho nu – “Onde foi que eu errei?”. Ela quis se sentir culpada por nunca ter me forçado uma religião, disse que uma pessoa que não acredita em Deus não poderia ser feliz e nunca teria nada na vida. Eu confesso que fiquei triste na hora e que, às vezes, já pensei se a vida que levo seria melhor se eu tivesse no que acreditar. Devaneios, claro! E vi que para ser feliz basta acreditar em mim, nas pessoas que me são reais e nas coisas que desejo. Fácil, né? Mas um dia eu consigo. Tenho fé em mim. Meu pai não liga, aliás, meu pai já não liga há tempos. Acho que ele, mais que eu, nunca teve fé em nada sobrenatural.
“Quando era criança, minha mulher odiava a escola em que estudava e sonhava poder sair de lá. Tempos depois, quando tinha seus vinte e poucos anos, ela revelou sua infelicidade para os pais, e a mãe ficou horrorizada:
“Mas, querida, por que você não nos contou?”. A resposta de Lalla é minha leitura do dia: “Mas eu não sabia que podia”.
Eu não sabia que podia. Suspeito — quer dizer, tenho certeza — que há muita gente por aí que foi criada dentro de uma ou outra religião e ou está infeliz com ela, ou não acredita nela, ou está preocupada com tudo de mau que tem sido feito em seu nome; pessoas que sentem um vago desejo de abandonar a religião de seus pais e que gostariam de poder fazê-lo, mas simplesmente não percebem que deixar a religião é uma opção.”  [Deus, um Delírio]
Quando você diz não ter uma religião poucas pessoas se importam. Agora, quando você diz não acreditar em um Deus, o termo ATEU soa como ofensa à vida e a bondade humana. É como se nós fóssemos aberrações criadas pelo diabo, algum tipo de ataque enviado a terra para destrui-la. Mas ninguém se dá conta que todo mundo, um dia, já foi ateu, já não acreditou em nada. E nem todo mundo tem a coragem de admitir a dúvida e buscar respostas para suas indagações secretas. Sim, todos temos. Ninguém é estúpido o suficiente para achar que sabe de tudo e que nada mais precisa ser explicado. Compreender o mundo transcende aprender a história da biblia. Sua origem é única, suas (des)crenças também deveriam ser.
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PS:Texto originalmente postado por Juliana no blog ReEvolução.net

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

100 Coisas a fazer quando me tornar um Senhor do Mal



1. Minhas Legiões do Terror terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.

2. Meus dutos de ventilação serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.

3. Meu nobre meio irmão, do qual usurpei o trono, será morto, não mantido anônimo em uma cela esquecida em minha masmorra.

4. Fuzilamento não é bom demais para meus inimigos.

5. O Artefato que é a fonte de meu poder não será mantido na Montanha do Desespero, além do Rio de Fogo guardado pelos Dragões da Eternidade. Será
mantido em uma caixa forte convencional. Isso também se aplica ao objeto que é minha única fraqueza.

6. Não irei me gabar da situação de meus inimigos antes de matá-los.

7. Quando tiver capturado meu adversário e ele disser "Olhe, antes de me
matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer." Eu direi "não"
e atirarei nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer "não".

8. Depois de raptar a linda princesa, iremos nos casar imediatamente em
uma discreta cerimônia civil, não um espetáculo de três semanas de duração
durante as quais a fase final de meu plano será implementado.

9. Não incluirei um mecanismo de autodestruição a não ser que seja
absolutamente necessário. Se o for, não será um grande botão vermelho
escrito "Perigo, não aperte". O grande botão vermelho "Não Aperte" irá
disparar uma saraivada de balas em qualquer um estúpido o bastante para
apertá lo. Ao mesmo tempo, botões "LIGA/DESLIGA" não serão claramente
indicados em meus painéis.

10. Não levarei meus inimigos para interrogatório no centro de meu
castelo. Um pequeno hotel, na periferia de meu Reino servirá
perfeitamente.

11. Serei seguro de minha superioridade. Assim, não sentirei necessidade
de prová-la, deixando pistas na forma de charadas ou permitindo que meus
inimigos mais fracos permaneçam vivos, para mostrar que não representam
ameaça para mim.

12. Um de meus conselheiros será uma criança de cinco anos. Qualquer falha
em meus planos que ela seja capaz de detectar será corrigida antes da
implementação.

13. Todos os inimigos mortos serão cremados. Os corpos levarão repetidos
tiros de munição de grosso calibre. Ninguém será deixado para morrer no
fundo de um penhasco. O anúncio de suas mortes, bem como a respectiva
celebração do evento, serão adiados até depois dos procedimentos acima
mencionados.

14. O herói não terá direito a um último beijo, último cigarro ou qualquer
tipo de último pedido.

15. Nunca usarei nenhum dispositivo com um contador digital. Se achar que
tal dispositivo é essencial, o marcarei para ativação quando o contador
chegar em 117 e o heróis estiver começando a pensar em um plano para
desativá-lo.

16. Nunca usarei a frase "Antes de matá-lo, há uma coisa que desejo
saber".

17. Quando empregar pessoas como conselheiros, ocasionalmente irei escutar
seus conselhos.

18. Se um jovem e atraente casal entra em meu Reino, irei monitorar
cuidadosamente suas atividades. Se descobrir que são felizes e
apaixonados, os ignorarei. Entretanto, se as circunstâncias os forçaram a
ficar juntos, contra sua vontade, e se passam todo
o tempo implicando e criticando um ao outro exceto em ocasiões quando
estão salvando a vida um do outro, momento em que há toques de tensão
sexual no ar, ordenarei imediatamente sua execução.

19. Não irei ter um filho. Apesar de suas risíveis e mal planejadas
tentativas de usurpar meu poder sempre falharem, isso pode se tornar uma
distração fatal em um período crucial.

20. Não terei uma filha. Ela iria ser tão bonita quando má, mas uma
simples olhada para a expressão no rosto do herói e ela irá trair o
próprio pai

21.Apesar de ser uma forma comprovada de aliviar o stress, não irei
soltar risadas maníacas. Com essas risadas, quando ocupado, é muito
fácil deixar de perceber pequenas nuances e acontecimentos que um
indivíduo mais atento pode identificar e responder à altura.

22.Irei contratar um estilista talentoso para criar uniformes originais
para minhas Legiões do Terror, ao contrário de certos modelos baratos
que os fazem parecer tropas nazistas, legiões romanas ou hordas
de selvagens mongóis. Todos foram eventualmente derrotados e quero que
minhas tropas tenham uma inspiração moral mais positiva.

23.Não importa o quão tentador seja a perspectiva de poder ilimitado, não
irei absorver qualquer campo de energia maior que minha cabeça.

24.Irei manter um estoque especial de armas de baixa tecnologia e treinar
minhas tropas em seu uso. Assim, mesmo que os heróis consigam destruir
meu gerador de energia e/ou desativar as armas de energia padrão, minhas
tropas não serão sobrepujadas por um bando de selvagens armados com
lanças e pedras.

25.Irei manter uma estimativa realista de minhas forças e fraquezas.
Mesmo que isso tire parte da diversão do trabalho, pelo menos nunca
irei dizer a frase 'Não, não pode ser! EU SOU INVENCÍVEL!!!" (após a
qual, normalmente a morte é instantânea.)

26.Não importa o quão bem funcione. Jamais irei construir qualquer
tipo de equipamento que seja completamente indestrutível exceto por
um pequeno e virtualmente inacessível ponto vulnerável.

27.Não importa o quão atraentes certos membros da rebelião podem ser.
Provavelmente em algum lugar há alguém igualmente atraente que não
está tentando desesperadamente me matar. Assim, pensarei duas vezes
antes de ordenar que uma prisioneira seja levada a meus aposentos.

28.Nunca construirei uma única unidade de nada importante. Todos
os sistemas essenciais terão painéis de controles e fontes de força
redundantes. Pela mesma razão, sempre carregarei pelos menos duas
armas carregadas, todo o tempo.

29.Meu monstro de estimação será mantido em uma jaula bem segura,
da qual ele não poderá escapar e na qual não poderei cair por acidente.

30.Irei me vestir com cores claras e alegres, isso deixará meus inimigos
confusos.

31.Todos os magos incompetentes, escudeiros, bardos sem talento e
ladrões covardes em meu Reino serão executados. Meus inimigos certamente
desistirão e abandonarão sua cruzada se não tiverem um parceiro cômico
ao lado.

32.Todas as camponesas ingênuas e peitudas que servem bebidas em
tabernas serão trocadas por garçonetes experientes e profissionais,
que não irão dar apoio ao herói ou servir de par romântico para seu ajudante.

33.Não terei um ataque de fúria e matarei o mensageiro que me trouxe más
notícias só para mostrar o quão mal realmente sou. Bons mensageiros são
difíceis de achar.

34.Não exigirei que as mulheres em postos de comando em minha
organização usem tops de aço inoxidável. A moral da tropa fica bem melhor
com um código de vestimenta mais casual. Ao mesmo tempo, roupas feitas
inteiramente de couro serão reservadas para ocasiões formais.

35.Nunca vou me transformar em uma cobra. Isso nunca funciona.

36.Não irei deixar crescer um cavanhaque. Nos velhos tempos
fazia com que você parecesse diabólico, hoje o torna um membro frustrado
da Geração X.

37.Não irei prender membros do mesmo grupo no mesmo bloco da masmorra.
Muito menos na mesma cela. Se são prisioneiros importantes, irei manter
a única chave da cela comigo, ao invés de deixar uma cópia com cada
guarda do destacamento da prisão.

38.Quando meu tenente de confiança disser que minhas legiões do Terror
estão perdendo uma batalha, eu acreditarei nele. Afinal, ele é meu
tenente de confiança.

39.Se um inimigo que acabei de matar tem irmãos ou filhos em algum lugar,
irei encontrá los e executá los imediatamente, ao invés de esperar que
cresçam nutrindo sentimentos de vingança contra mim.

40.Se eu não tiver escapatória a não ser me envolver em uma batalha,
certamente não liderarei na frente de minhas Legiões do Terror, nem
irei procurar o líder adversário entre o exército inimigo.

41. Não irei ser cavalheiresco ou bom esportista. Se possuir uma super
arma contra a qual não há defesa, a usarei assim que for possível, ao
invés de mantê-la guardada.

42. Assim que meu poder estiver estabelecido, irei destruir todos aqueles
inconvenientes dispositivos de viagem no tempo.

43. Quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu
cachorro, macaco, furão ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo,
capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como
mascote.

44. Irei manter uma saudável dose de ceticismo quando capturar a linda
rebelde e ela disser que está atraída por meu poder e boa aparência, e
alegremente trairá seus companheiros se eu deixá-la tomar parte em meus
planos.

45. Só irei contratar caçadores de recompensa que trabalhem por dinheiro.
Aqueles que trabalham por prazer tendem a fazer coisas tolas como
equilibrar as chances, para dar ao outro cara uma disputa justa.

46. Terei um claro entendimento sobre quem é responsável pelo que em minha
organização. Por exemplo, se meu general fracassou, não irei sacar minha
arma, apontar para ele, dizer "e este é o preço do fracasso" então
subitamente apontar e matar um subalterno qualquer.

47. Quando um conselheiro disser "Meu Lorde, ele é somente um homem. O que
apenas um homem pode fazer?" Eu responderei: "Isso!" e matarei o
conselheiro.

48. Se descobrir que algum fedelho começou uma cruzada para me destruir,
irei chaciná-lo enquanto ele ainda é um fedelho, ao invés de esperar que
cresça e se torne um adulto.

49. Tratarei qualquer monstro que eu venha a controlar através de mágica
ou tecnologia com respeito e ternura. Assim, se perder o controle sobre
ele, não virá imediatamente atrás de mim por vingança.

50. Se descobrir a localização aproximada do único artefato que pode me
destruir, não irei mandar todas as minhas tropas para recuperá-lo. Ao
contrário, mandarei as tropas atrás de alguma outra coisa, e discretamente
colocarei um anúncio de "procura-se, g ratifica-se bem ", em um jornal
local.

51. Meus computadores principais terão seu próprio sistema operacional,
que será totalmente incompatível com IBM PCs ou Macs.

52. Se um dos guardas de minha masmorra começar a esboçar preocupação com
as condições na cela da linda princesa, ele será imediatamente transferido
para uma função com menos envolvimento com pessoas.

53. Irei contratar um time de arquitetos e pesquisadores de alto nível
para examinar meu castelo e me informar de quaisquer passagens secretas e
túneis abandonados que eu tenha conhecimento.

54. Se a linda princesa que capturei disser "Nunca irei me casar com você!
Nunca! Está ouvindo? Nunca!" eu direi: "Tudo bem." E a executarei.

55. Não farei uma barganha com uma criatura demoníaca e depois tentarei
desfazê-la apenas porque me senti com vontade.

56. Os mutantes deformados e malucos psicóticos terão seu lugar em minhas
Legiões do Terror. Entretanto antes de mandá-los em uma importante missão
secreta que demande tato e sutileza, verificarei se há alguém mais
igualmente qualificado, e que atraia menos atenção.

57. Minhas Legiões do Terror serão treinadas em tiro básico. Qualquer um
que não consiga aprender a acertar algo do tamanho de um homem a 10 metros
de distância, será usado como alvo.

58. Antes de utilizar qualquer tipo de artefato ou máquina capturada, irei
ler cuidadosamente o manual de instruções.

59. Se for necessário fugir, não irei parar para fazer uma pose dramática
e dizer uma frase profunda.

60. Nunca irei construir um computador inteligente que seja mais esperto
do que eu.

61. Pedirei a meu conselheiro de cinco anos de idade que tente decifrar
qualquer código que eu estiver pensando em adotar. Se ele o decifrar em
menos de 30 segundos, não será usado. Nota: Isso também se aplica a
passwords.

62. Se meus conselheiros perguntarem "Por que está arriscando tudo nesse
plano louco?" Não irei prosseguir até ter uma resposta que os satisfaça.

63. Irei projetar os corredores de minha fortaleza para que não haja
alcovas ou suportes estruturais protuberantes que possam ser usados como
abrigo por intrusos durante um tiroteio.

64. Lixo será eliminado em incineradores, não compactadores. E eles serão
mantidos acesos, sem aquele nonsense de chamas que se ativam através de
túneis de acesso, em intervalos previsíveis.

65. Irei me consultar com um psiquiatra e me curar de todas as estranhas
fobias e bizarros hábitos compulsivos que possam se mostrar uma
desvantagem.

66. Se for obrigatório que existam terminais de computador de acesso
público, os mapas que mostram meu complexo terão uma sala claramente
marcada como Sala de Controle Central. Essa sala será a Câmara de
Execução. A sala de controle central de verdade est ará indicada como
Câmara de Contenção de Transbordamento do Esgoto.

67. Meu teclado de segurança na verdade será um scanner de impressões
digitais. Qualquer um que observe um usuário digitar seu código e
consequentemente tente digitar a mesma sequência irá ativar o alarme
central.

68. Não importa quantos curtos circuitos há no sistema, meus guardas serão
instruídos a tratar cada câmera de segurança com defeito como caso de
emergência total.

69. Pouparei a vida de alguém que tenha me salvado no passado. Isso só é
razoável se estimular outros a fazê-lo. Entretanto a oferta só é válida
uma única vez. Se querem que os poupe novamente, é melhor que salvem minha
vida mais uma vez.

70. Todas as parteiras serão banidas de meu reino. Os bebês nascerão em
hospital supervisionados pelo Estado. órfãos serão colocados em lares
adotivos, não abandonados na floresta para serem criados por criaturas
selvagens.

71. Quando meus guardas se separarem para procura por intrusos, eles
sempre andarão em grupos de pelo menos dois. Serão treinados para que se
um desaparecer misteriosamente no meio da patrulha, o outro iniciará
imediatamente um alerta e chamará por reforços, ao invés de ficar
procurando o colega pelas esquinas.

72. Se eu decidir testar a lealdade de um assistente, para descobrir se
ele pode ser promovido a homem de confiança, terei um grupo de atiradores
de elite por perto, caso a resposta seja não.

73. Se todos os heróis estão ao lado de um mecanismo esquisito e me
desafiando, usarei uma arma convencional, ao invés de disparar minha super
arma invencível contra eles.

74. Não concordarei em deixar os heróis partirem livres, se vencerem uma
competição, mesmo que meus conselheiros digam que está tudo arranjado e
que é impossível para eles ganhar.

75. Quando criar uma apresentação multimídia de meu plano, feita para que
meu conselheiro de cinco anos de idade possa facilmente entender os
detalhes, não irei chamar o disco de "Projeto Overlord" e deixá lo solto
em minha mesa.

76. Irei instruir minhas Legiões do Terror para atacarem o herói em massa,
ao invés de ficarem em volta dele esperando enquanto um ou dois atacam de
cada vez.

77. Se o herói correr para meu telhado, não irei atrás dele em uma
tentativa de atirá-lo do alto. Também não lutarei com ele na beira de um
despenhadeiro. (No meio de uma ponte de cordas sobre um rio de lava
derretida é não que não vale nem a pena conside rar.)

78. Se tiver um surto de insanidade e decidir oferecer ao herói a chance
de rejeitar um emprego como meu Braço Direito, irei reter sanidade o
suficiente para esperar que meu atual Braço Direito saia da sala antes de
fazer a oferta.

79. Não direi para minhas Legiões do Terror "E ele deve ser trazido
vivo!". A ordem será: "E tentem trazê-lo vivo se for razoavelmente
viável".

80. Se acontecer de minha máquina do Juízo Final possuir um botão de
reversão, assim que tiver sido usada irei derretê-la e cunhar uma edição
especial limitada de moedas comemorativas.

81. Se minhas tropas mais fracas falharem na tentativa de eliminar o
heróis, mandarei minhas melhores tropas, ao invés de perder tempo mandando
tropas progressivamente mais fortes, a medida em que ele se aproxima de
minha fortaleza.

82. Quando lutar com o herói no alto de uma plataforma em movimento, o
tiver desarmado, e estiver a ponto de acabar com sua vida, e ele olhar
para algo atrás de mim e se jogar no chão, me jogarei imediatamente no
chão também, ao invés de fazer uma express ão inquisitiva e olhar para
trás para ver o que ele viu.

83. Não irei atirar em nenhum de meus inimigos se eles estiveram de pé em
frente a um suporte crucial de uma estrutura pesada, perigosa e
precariamente equilibrada.

84. Se estiver jantando com o herói, colocar veneno em sua taça, e
subitamente tiver que sair da sala por alguma razão, pedirei novos
drinques para nós, ao invés de tentar decidir se ele trocou ou não os
copos.

85. Não deixarei que prisioneiros de um sexo sejam vigiados por membros do
sexo oposto.

86. Não implementarei nenhum plano cujo passo final sejam horrivelmente
complicado, como "alinhe as 12 Pedras do Poder no altar sagrado então
ative o medalhão no momento do eclipse total". Ao invés disso, meu plano
será ativado com a frase "aperte o botão ".

87. Terei certeza de que minha Máquina do Juízo Final está devidamente
dentro das regras de instalação, e corretamente aterrada.

88. Meus tonéis de produtos químicos perigosos ficarão tampados quando
fora de uso. Também não irei construir passagens e escadas sobre eles.

89. Se um grupo de subordinados falhar miseravelmente em sua missão, não
lhes darei uma grande bronca por sua incompetência, e em seguida enviar o
mesmo grupo para tentar de novo.

90. Depois de capturar a super arma do herói, não vou imediatamente
dispensar minhas legiões e relaxar minha guarda pessoal porque acredito
que qualquer um que possua a arma é invencível. Afinal, o herói tinha a
arma e eu a tomei dele.

91. Não vou projetar uma Sala de Controle Central em que todos os
terminais deixem o operador de costas para a porta principal.

92. Não irei ignorar o mensageiro esbaforido e obviamente agitado até que
minha cavalgada ou outro entretenimento pessoal termine. O que ele tem a
dizer pode ser importante.

93. Se chegar a falar com o herói ao telefone, não irei ameaçá-lo. Ao
contrário, direi que sua perseverança me deu uma nova visão da futilidade
de minhas ações malvadas, e que se ele me deixar em paz por alguns meses
de quieta contemplação irei provavelme nte voltar para o caminho do Bem.
(heróis são incrivelmente fáceis de se enganar, quanto a isso).

94. Se eu decidir realizar uma execução dupla do herói e de um subordinado
que tenha falhado ou me traído, farei com que o herói seja executado
primeiro.

95. Quando efetuando uma prisão, meus guardas não deixarão que parem e
peguem um objeto aparentemente inútil, por puro valor sentimental.

96. Minha masmorra terão sua própria equipe médica qualificada, completa
com guarda costas. Assim se um prisioneiro ficar doente e seu colega de
cela disser ao guarda que é uma emergência, o guarda chamará um grupo de
trauma, ao invés de abrir a cela para
dar uma olhada.

97. Minhas portas serão projetadas para se que alguém destrua o painel de
controle do lado de fora, a porta feche, e se destrua o painel do lado de
dentro, a porta abre. Não vice versa.

98.As celas de minhas masmorras não conterão objetos com superfícies
reflexivas ou nada que possa ser transformado em cordas.

99.Qualquer conjunto de dados de importância crucial será acondicionado em
arquivos de 1.45Mb, para não caberem em um único disquete.

100.Finalmente, para manter todos os meus súditos contentes e
descerebrados, irei prover a cada um acesso Internet ilimitado, grátis.
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PS:Post retirado do blog Não Intendo

domingo, 10 de outubro de 2010

Pichação: Vandalismo ou arte?



Acabo de chegar em casa, às 22h, e me deparo com dois moleques pichando o muro do vizinho – como proceder? Fiquei totalmente sem ação ao ver as criaturas agindo com a maior naturalidade do mundo, como se estivessem fazendo arte. Depois fiquei meio indignada, aliás estou, mas de nada adiantará minha revolta agora. O que realmente me trouxe até aqui foi a curiosidade que surgiu acerca das leis e punições sobre esses atos de vandalismo. Pichar é crime? Existe alguma lei que assegure punição para tal? Em algum momento a pichação pode ser encarada como arte? Let’s go to work!
Alguns entendem pichação e grafite como arte e livre expressão de sentimentos e ideias, outros consideram como agressão e violação de propriedades. De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa: “pichar é escrever ou rabiscar dizeres de qualquer espécie em muros, paredes ou fachadas de qualquer espécie.” Já a grafitagem (grafito – em italiano, graffitto – graphein, em grego), de acordo com o dicionário Aurélio, está relacionada a inscrições ou desenhos realizados em épocas antigas. “grafito é inscrição, desenho feito pelos antigos com estilete ou carvão nas paredes dos monumentos (…) inscrição urbana”.
Entendemos, mediante tais definições, que pichação é uma palavra cheia de conotações pejorativas, associando-se  a poluição visual urbana. Ação ou efeito de pichar;  aplicar piche; sujar; onde muros, paredes e outros espaços públicos e privados são testemunhos do registro dessas diferentes formas de expressão. Além de danificar economicamente os objetos atingidos pela estética, esses atos trazem desastrosas consequencias ao meio ambiente, à estética e paisagismo urbanos. Já o grafite, de acordo com suas definições, é visto como uma forma de expressão artístico-visual (plástica ou não) que utiliza um conjunto de palavras e/ou imagens a fim de transmitir uma mensagem de reflexão. No que tange à jurisdição, a Lei Ambiental nº 9.605, de âmbito federal, em vigor desde 1998, conceitua grafite e pichação como sendo a mesma coisa e declara crime contra o meio ambiente passível de penalidades, classificando tanto o grafiteiro como o pichador como vândalos.
“Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano. Pena: detenção, de três meses a um ano, e multa (…) Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada por seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena passa a ser de 6 meses a um ano, e multa.”
Devemos ter ciência de que a mera existência de legislação punitiva não é suficiente para inibir estes atos, devendo existir das autoridades públicas locais a vontade de inibir essa prática delituosa, garantindo, dessa forma, a preservação do mobiliário  urbano público e privado e o bem estar de seus habitantes. Mas o que esperar de pessoas fardadas tão despreparadas quanto a que possuímos nas ruas? O máximo de punição que já presenciei, mediante esses atos de vandalismo, foram alguns policiais do “Ronda do quarteirão” (policiamento local) dando uma “carreira” (do cearês) em 3 moleques que pichavam perto da praça do meu bairro.
Eu, sinceramente, não compreendo o que leva uma pessoa a escalar muros e grades, correndo risco de levar uma queda ou  ser confudido com um ladrão, para deixar registrado em monumentos públicos o quão imbecil ele é capaz de ser. Atos de infantilidade? Disputas entre grupinhos? Não sei. O que eu sei é que eu não levo em consideração somente o desrespeito pelo patrimônio alheio ou a poluição visual, vou mais além: qual a finalidade de tal ato? Trata-se de algum tipo de divulgação ou protesto? Duvido muito. Não há como considerar arte ou direito à liberdade de expressão, algo  que nem mesmo pode ser decifrado pela população. Finalizo com o pensamento de que tais condutas, longe de divulgarem algum tipo de mensagem proveitosa, mais se assemelham a atos de vandalismo gratuito contra o ordenamento urbano das cidades, e a danos materiais à propriedade alheia, além de ociosidade e acefalia.
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Fonte: http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1351/1158
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PS:Texto originalmente postado por Juliana no blog ReEvolução.net